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TRANSTORNOS
DOR CRÔNICA, DEPRESSÃO E ANSIEDADE
Sabia que é muito comum que os pacientes de dor crônica desenvolvam quadros de depressão e ansiedade? Uma das hipóteses envolve questões comportamentais: as pessoas ficam inativas quando têm depressão, o que promove dores. Por outro lado, a própria dor leva ao sedentarismo, o que aumenta a depressão. Forma-se aí uma armadilha perigosa, o Círculo da Dor: dor-cinesiofobia (medo de sentir dor com qualquer movimento) - inatividade-ansiedade-dificuldade de concentração-problemas de sono-baixa produtividade-depressão-dor. No processo psicoterápico, com técnicas da Terapia Cognitivo Comportamental e da Hipnoterapia Cognitiva, vamos quebrar este círculo, treinar o manejo e o controle da dor, diminuindo os sintomas de ansiedade e depressão.
O resultado é o aumento da funcionalidade, da autoestima e da eficácia! O paciente se descobre capaz de adquirir habilidades e confiança para promover mudanças e aumentar (e muito!) a qualidade de vida!
DEPRESSÃO
Claro que você já se sentiu triste em algum momento da vida: a perda de um ente querido, do emprego, uma separação, mudança de cidade, situação econômica...Sim, temos muitas situações que nos entristecem.
Porém a depressão é falta de energia até para as atividades do dia a dia.
Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no sistema imune e o aumento de processos inflamatórios.
Sinais e sintomas: cansaço extremo, fraqueza, irritabilidade, angustia, ansiedade exacerbada, falta de interesse por atividades que antes davam prazer, pensamentos pessimistas, pensamentos frequentes sobre a morte, comportamentos compulsivos, dificuldade de se concentrar, problemas ou disfunções sexuais, sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia-a-dia.
DICA: Na Terapia Cognitivo Comportamental, vamos dar os instrumentos para que você perceba que “o que perturba o homem não são os fatos, mas a interpretação que ele faz dos fatos.” Epitectus
ANSIEDADE
A ansiedade é uma emoção natural. Sentimos ansiedade quando nos preparamos para uma prova, uma entrevista de emprego, uma mudança.
Ela ativa a produção de adrenalina, que por sua vez aumenta a pressão arterial, nos preparando para enfrentar essa nova situação.
Mas a ansiedade se torna um transtorno quando nos paralisa mesmo na ausência de um estímulo externo, trazendo sintomas muito fisiológicos como: aperto no peito, aumento da pressão arterial, palpitação, sudorese, tremor ou formigamento nos membros superiores ou inferiores, tonturas...são tão intensos que pensamos que estamos tendo um ataque cardíaco, um AVC, e pensamos que algo muito ruim vai nos acontecer.
DICA: aprender a respirar e relaxar são extremamente eficazes nesses momentos. No consultório, vamos treinar técnicas para enfrentar as situações de medo com controle e com sucesso!
STRESS E SÍNDROME DE BURNOUT
Prazo a cumprir, tarefas a serem feitas, cobranças externas, pressão no ambiente de trabalho, na família, na sociedade...e você já está sob o efeito do stress.
Sabe aquela pessoa que acumula tarefas, não delega nada a ninguém, que leva trabalho para as férias, que está sempre se cobrando excessivamente, é perfeccionista, vive preocupada e ligada nos 220 volts? Pois é... Essa pessoa é uma séria candidata a desenvolver o mais alto grau do stress: a Síndrome de Burnout, ou Síndrome do esgotamento. É como se o cérebro mandasse um sinal para o corpo: hora de parar. As forças se acabam e a alegria se vai.
Ele enfraquece o sistema imunológico, aumentando a chance de doenças cardíacas e infecções.
Nas situações de stress, as glândulas adrenais passam a produzir e liberar adrenalina e cortisol, que aceleram os batimentos cardíacos, dilatam a pupila e aumentam a sudorese, deixando o organismo em permanente estado de alerta! O cérebro sempre em atividade e o corpo precisando responder com prontidão, sem relaxar.
COMO FAZER: Torne sua rotina mais leve, administrando horários para o trabalho, o lazer, a família e os amigos. Relaxe: tudo acontecerá no seu devido tempo e na maneira que tiver que ser. Você não é o responsável por tudo e por todos!
FOBIAS
Claro que você já experimentou o medo em alguma situação e esse sentimento pode te salvado de muitos acidentes, não é? Todos nós temos medos, e desta forma evitamos danos à nossa integridade física.
Porém quando o medo passa da normalidade e atrapalha a sua vida, passa e ser chamado de FOBIA. Ao sentirmos esse medo exagerado, uma série de reações físicas são desencadeadas, como o aumento da frequência cardíaca, ansiedade, suor frios nas mãos e tonturas.
Por exemplo: medo de avião, medo de altura, de elevador, de lugares fechados, de falar em público, de animais, fobia social, etc.
O processo terapêutico ajuda a identificar a causa e com técnicas específicas, associado à hipnoterapia, traz enormes ganhos no enfrentamento, gerenciamento e superação das fobias.
TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITENTE
Sabe aquela pessoa tida como explosiva, que tem ataques de fúria desproporcionais ao evento, que explode sem controle por qualquer motivo?
Esta pessoa pode estar apresentando sintomas da Síndrome do Hulk, ou Transtorno Explosivo Intermitente (TEI). É basicamente a dificuldade de gerenciar o sentimento de raiva e a manifestação impulsiva de comportamentos agressivos. Isto trás sérios problemas no trabalho, nas relações afetivas e sociais.
Geralmente após a crise de raiva, a pessoa é tomada por um sentimento de culpa e vergonha.
A Terapia Cognitivo Comportamental oferece alternativas para o gerenciamento da raiva, diminuindo a frequência e a intensidade das crises. Treino da respiração e do relaxamento são altamente eficazes e costumam trazer resultados rápidos!
Dica: E não adianta "brigar" com a pessoa na hora da crise. Espere que ela se acalme para orientá-la a buscar tratamento.
SÍNDROME DO PÂNICO
O excesso de situações de stress e o aumento dos níveis de ansiedade podem levar à Ataques de Pânico. O ataque tem início súbito e é acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente.
Tem como sintomas: palpitação, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, de asfixia, dor no tórax, náusea, tontura, sensação de perder o controle ou “enlouquecer”, medo de morrer, formigamentos, calafrios.
DICA: Saiba que a crise atinge seu pico geralmente em 10 min. e tem duração média de 20 a 40 min. Neste período saiba que NADA DE PIOR VAI LHE ACONTECER. Faça a respiração diafragmática até perceber que os sintomas estão diminuindo. Outra dica: você já viu em filmes a pessoa respirando dentro de um saco de papel? Pois funciona!
SOBRE A HIPNOTERAPIA COGNITIVA
A Associação Americana de Psicologia define hipnose da seguinte maneira: A hipnose é um procedimento durante o qual um profissional de saúde ou pesquisador sugere a um cliente, paciente, ou sujeito que vivencie mudanças em sensações, percepções, pensamentos ou comportamentos. O contexto hipnótico geralmente é estabelecido pelo procedimento de indução. Embora haja muitas induções hipnóticas diferentes, a maioria inclui sugestões de relaxamento, calma e bem-estar. Instruções para imaginar ou pensar sobre experiências agradáveis também são comumente incluídas nas induções hipnóticas. A hipnose não é a terapia, mas sim um instrumento usado como técnica dentro da psicoterapia.
É um processo onde o paciente permanece consciente e dono da situação.
DICAS
De uma maneira bem simples, dei DICAS na matéria do UOL de como se formam os principais Pensamentos Automáticos Disfuncionais e algumas dentre tantas técnicas que desenvolvemos em consultório para questionar e manejar esses pensamentos. O objetivo é que o paciente aprenda as técnicas as leve para a vida, com o propósito de perceber as contradições, e como esse tipo de pensamento distorcido desencadeia emoções e comportamentos não assertivos e mal adaptativos que podem gerar tristeza, ansiedade e depressão.
SAIBA MAIS:
Comportamento
"Não vou conseguir": aprenda técnicas para contornar pensamentos negativos
Colaboração para o UOL
06/01/2018
Você já se pegou pensando em coisas negativas como “Eu não sou capaz” ou “Nada dá certo”? Esse tipo de conceito é chamado de pensamento automático disfuncional, que provém das crenças que adquirimos ao longo da vida sem questionar. Dessas crenças podem surgir pensamentos com erros cognitivos, que geram emoções negativas, levando a um comportamento inadequado e a conclusões equivocadas de uma situação.
A seguir, as psicólogas Denise Goulart Penteado e Fátima Vasques dão dicas e ensinam técnicas para manejar 10 tipos de pensamentos automáticos disfuncionais:
Catastrófico
“Sei que se aceitar este emprego logo serei demitida”. Neste tipo de pensamento, antecipamos o futuro de forma negativa ou pensamos o pior de uma situação sem levar em consideração a possibilidade de outros desfechos.
Dica: Aplique a técnica da descatastrofização através da visualização. Se este cenário termina em catástrofe, talvez estejamos bloqueando o fim da cena. Avance o filme e pergunte-se: “O que de pior pode me acontecer?”. Com este exercício, podemos até descobrir que o resultado final pode ser ruim, mas não é tão ruim a ponto de não aguentarmos. Somos mais capazes de lidar com problemas do que acreditamos ser e de construir alternativas que ultrapassam aquilo que parecia ser o fim de tudo.
Dicotômico
“Ou serei muito rica ou serei muito pobre”. O pensamento é polarizado e a pessoa vê a situação apenas em duas categorias tudo ou nada, 8 ou 80, certo ou errado, bom ou ruim.
Dica: Questione-se: “Eu estou pensando de forma extremista? Ao fazer isso, o indivíduo tende a lidar com a questão de forma mais realista. Outra opção é listar ideias intermediárias possíveis de serem alcançadas.
Personalização
“Meu casamento terminou porque eu falhei”. A pessoa atribui a si a culpa desproporcional por eventos negativos e não consegue ver que os outros também contribuíram para o fato.
Dica: Se a ideia persistir em invadir sua mente mesmo após várias reflexões, use a parada de pensamento, técnica de autocontrole que consiste em impedir a evolução do mesmo com um comando de PARE em voz alta. Também pode-se fechar os olhos e imaginar uma tela de cinema onde um letreiro luminoso vai surgindo com a palavra PARE.
Desqualificando o positivo
“Fiz bem o projeto, mas isso não quer dizer que sou competente”. Você diz a si mesmo, irracionalmente, que as experiências positivas, realizações ou qualidades não contam.
Dica: “Estou ignorando os aspectos positivos ou transformando os aspectos positivos em negativos?”. Aplique a técnica da reatribuição identificando e apontando os fatores que cooperaram para o resultado final, flexibilizando seu julgamento sobre você mesmo e seu sucesso.
Supergeneralizado
“Todos os homens traem”. Pensar desse jeito é tirar uma conclusão negativa radical que vai além da situação real. O que é verdade num caso, pode não ser em outro. Ter consciência disso evita preconceitos e erros grosseiros com você e com os outros.
Dica: Faça uma lista de evidências a favor e contra: Quais provas favoráveis eu tenho que confirmam meu pensamento? Quais eu tenho contra? Desta forma, você perceberá que a regra não se confirma.
Adivinhação do futuro
“Vou entrar no avião e ficar com medo”. Você prevê o futuro de forma pessimista ou visando perigos, levando a um estado de ansiedade.
Dica: Faça exercícios de respiração com inspirações e expirações profundas e amplas. Depois, imagine 4 velas acesas a um metro de distância à sua frente. Inspire, contando 1-2. Segure o ar nos pulmões contando 3-4. Expire apagando cada uma das velas contando 5-6-7-8. O seu corpo entrará em equilíbrio e isso fará com que você se imagine no aeroporto, entrando no avião, sentando-se calmamente e voando com segurança. Se continuar ansioso, volte a respirar até que o controle seja readquirido. O treino diário é importante para que você alcance a condição ideal quando estiver na situação real.
Leitura mental
“Meu chefe acha que sou um fracasso”. Você imagina que sabe o que os outros pensam sem ter evidências suficientes.
Dica: Pergunte-se: “Se isso for verdade, porque isso me incomodaria?”. Responda: “Isso me incomodaria porque”. Faça o exercício da flecha descendente até encontrar uma resposta em que constate que o pensamento sobre essa situação não sustenta o sentimento desadaptativo.
Suposição
“Se eu for bonzinho, eles vão gostar de mim”. A frase começa com a palavra “se” e supõe-se que algo vai acontecer.
Dica: Para manejar este pensamento, questione a hipótese levantada. Você notará que ela não tem lógica e que os dados não estão embasados na realidade.
Visão em túnel
“Faço regime e não consigo emagrecer”. A pessoa enxerga somente os aspectos negativos de uma situação, ignorando os positivos.
Dica: Use e abuse dos cartões de enfrentamento! Ao ter pensamentos negativos, o indivíduo deve olhar para o cartão onde escreveu palavras de encorajamento. Lembrar-se que já enfrentou uma experiência parecida e conseguiu superá-la fará com que ele adote as mesmas estratégias para ser bem-sucedido novamente.
Raciocínio emocional
“Estou deprimida, consequentemente não estou criando meu filho bem”. O indivíduo deixa que os sentimentos guiem a realidade.
Dica: Faça uma lista de vantagem e desvantagem e examine cada tópico. Compare o custo e o benefício de manter este pensamento. Você verá que a emoção está escondendo e mascarando um problema que pode ser resolvido com mais racionalidade.